Um belo adeus ao ano velho e um ano novo mais que feliz!


Foto: Léo Zaneti

Foto: Léo Zaneti

Segunda-feira braba, é assim que nós chamamos esse dia aqui nas Minas Gerais. Um dia que geralmente as pessoas reservam para curar a ressaca do fim de semana depois do trabalho. Agora imagina: segunda-feira no New York Pub, duas bandas poçoscaldenses que só tocaram músicas próprias, ou seja, música que a maioria das pessoas não conhece. Teria tudo pra ser um fiasco, né? Se você respondeu “sim” está bastante equivocado.

O Corrente Cultural mostrou no dia 27 que é possível abarrotar um bar que tem tradição em ter na programação de terça a domingo somente bandas tocando músicas covers em um dia brabo. As bandas responsáveis por isso foram duas bandas que representam muito a qualidade e potencial da música de Poços de Caldas.

Pop, rock, reggae, samba, balada, MPB. Quantas bandas são necessárias pra tocar tudo isso em um só show? A resposta é: uma só, e o nome é Jack Jow. O bom gosto nos arranjos e nas letras é indiscutível e o quarteto se mostrou muito entrosado apesar do espaço de tempo que eles não faziam um show só com músicas próprias. O coletivo realizou um sonho antigo de tê-los se apresentando na NI. Insistimos, insistimos, insistimos mais um pouquinho e… conseguimos fazer com que eles se juntassem! “O que motivou a Jack Jow a voltar foi a Noite Independente!”, desabafou Toninho, vocalista da banda. Uma declaração como essa é prova de que estamos conseguindo conscientizar o artista da cidade que parar de produzir arte não é um bom caminho, ainda mais quando a arte produzida é de tal qualidade. Todos da banda estavam muito felizes, e deixaram transparecer isso nos sorrisos, que estavam estampados no rosto de cada um do começo ao fim do show. “Saímos com o sentimento de ter tomado um chacoalhão pra continuar com o nosso trabalho próprio.” Isso quem disse foi Guilherme Dias, guitarrista do grupo. Ainda bem que ele sabe que nós chacoalhamos eles pra continuar, assim como eles nos chacoalharam com a MPB (Música Preta Brasileira), como a banda mesmo define o samba.

Depois do retorno da Jack Jow, era a hora do show sempre esperado da banda Mekanos, que já é “reincidente” em eventos do coletivo, mas sempre que tocam é como se fosse a primeira vez. As músicas são muito bem trabalhadas, com detalhes nos arranjos que te levam pra um universo que vai de Minas, com o Clube da Esquina, até Liverpool, com os Beatles. A banda divulgou músicas do seu primeiro disco, “Registro de Pequenos Objetos” e algumas canções novas que farão parte do novo trabalho do quarteto, que já está em fase de pré-produção e deve ser lançado ainda em 2011. O público deu muita atenção à mensagem passada pela banda Mekanos, e os integrantes da banda perceberam isso, como disse o guitarrista e vocalista da banda, Gustavo Infante: “Todas as músicas foram aplaudidas! Foi um dos melhores shows que nós já fizemos!”. E agora deixo minha pergunta aqui no ar pra vocês da banda: Tem como não aplaudir músicas como as de vocês? Acho que a resposta é unânime, né? Não…aliás, um NÃO! Com letras maiúsculas e em voz alta!

De um tempo pra cá, como vocês que acompanham o site e nossas ações já sabem, temos dado espaço nas Noites Independentes para outros segmentos da arte: a poesia e a fotografia. O Varal Cultural tem sido um sucesso, dá pra ver que as pessoas param, se interessam em saber quem fez aquilo. Para quem não sabe, as donas das artes dessa edição do varal foram Crys Marques, poeta poçoscaldense; e Barbara Salomão, fotógrafa e jornalista também aqui da cidade.

Assim acabou pro Corrente Cultural o ano de 2010. Fechamos com chave de ouro a primeira temporada de trabalho, com o evento que desde março vem mudando a cabeça do povo poçoscaldense para melhor no que diz respeito a valorização do que é feito aqui, as “pratas da casa”.

Em 2011 tem mais! Mais trabalho, mais poesia, mais música, mais Corrente Cultural! E Poços de Caldas que nos aguarde, porque no ano que vem vamos estourar a boca do balão!

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