Foto: Sandra Ribeiro
Em 8 meses a Noite Independente evoluiu, ganhou espaço, procura e renome. Por isso tudo, temos orgulho de tê-la hoje como a maior ação contínua do Coletivo Corrente Cultural.
Se na primeira edição, naquele 4 de abril, esperávamos nós reeducar um público acostumado a casas de shows com músicos e suas bandas tocando covers, hoje vemos um limite ultrapassado. Podemos dizer que quebramos barreiras, digamos então que quebramos estereótipos dos próprios músicos e de seu público.
Combinanos Ska com MPB, Rap e Rock, tudo autoral, erguemos uma verdadeira discoteca transvestida de banquinha para atender até o chato mais exigente, e ainda ousamos pendurar poesias por todo o lado roubando a cena e espetando o ego dos musicistas mais excêntricos.
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A Noite Independente nos Bairros, que descentralizou e pôs a prova toda essa engrenagem construída. Quebramos as barreiras e saltamos por ela, em busca dos nossos bairros e zonas marginais. Em três edições o resultado: a cultura disseminada por todos os lados, sem distinções, descentralizada.
Nesse último dia 05 de dezembro, aconteceu a terceira Noite Independente nos Bairros. Dessa vez, com a licença concedida, chegamos até a Zona Oeste de Poços de Caldas, mais diretamente no Bairro Vila Cruz. A praça do bairro, conhecida pelo seu coreto e pelas lembranças de infância de muitos que ali aprenderam suas primeiras pedaladas de bicicletas, foi palco da nossa música autoral. Quem não nos ajudou muito foi a chuva, mas falemos dela jajá.
Léo Domingues subiu naquele mesmo palco em que o Juarez do Bandolim tocava sua seresta das sexta-feiras, em tempos mais joviais. Domingues, músico e compositor, travou um enredo de canções acompanhadas de violão, flauta transversal e pandeiro, que tirou a atenção até da vizinhança que se preocupava com a rodada final do campeonato de futebol.
Destaque para a sonoridade acústica porém dançante, alegre e muitas vezes emocionada no tom certo, com letras poéticas e bem elaboradas, e arranjos de um violão muito bem tocado. Léo realmente sabe o que faz, e faz excepcionalmente bem. O jovem músico ainda promete um objetivo concreto para 2011, com um registro em CD das suas composições e novas apresentações na Noite Independente, fazendo do próximo ano a evolução de seu trabalho. O belo show só perdeu mesmo foi pra chuva, que sem trégua acomodou o público em uma das barraquinhas da organização do Natal Encantado, parceiro de atividades da Noite Independente nos Bairros.
Sem previsão de melhora, foi difícil e arriscado pra segunda atração subir ao Coreto, e a banda Havanna teve que cancelar sua participação diante da chuva que não cessou. Os músicos prometeram dar em dobro o que a chuva conteve em um show extasiante no #VaiSuldeMinas. A Havanna se apresenta domingo (12), no segundo dia de shows do festival, que tem a organização e realização do Corrente Cultural.
A Noite Independente de Dezembro vem aí! No dia 27, a NI traz alguns dos mais esperados trabalhos musicais do evento. Fique ligado nas novidades que logo serão anunciadas aqui no site!
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