Dancemos com nossas cabeças, nossos pés e nossos sentidos. Da simultaneidade de compassos à versatilidade de origens: assim a banda Ozome subiu pela ladeira e gritou em Rock em Poços de Caldas (MG). A ressonância de uma bateria que pulsava em cordas vocais, passando pelas sensações da guitarra que ofereceu a batida do baixo revelado. Entre mensagens e olhos fechados, se fez aquela dança, harmônica em música.
A riqueza de ritmos e sensações ali, em groove, rock, pegadas de expressão de uma conspiração inspirada. Entre paz e uma órbita ajustada, Thiago de Melo, Alvaro Freitas, Lucas Bolognani e Gustavo Buzelin imprimiram a verdade. É preciso escancarar. E assim, se fez: “É o espaço para o trabalho próprio, e é o que a gente espera de vocês”, bradou em voz Gustavo Buzelin. O que poderia chamar-se multiplicidade revelou-se de personalidade, e o grito, foi de independência.
Entre energia e reflexão, foi real e com a certeza da volta a esses tons, que a banda finalizou a segunda apresentação do Grito Rock Poços de Caldas em espontaneidade e pensamentos. Puros em portas abertas do seu jardim.