Bumbo que bate na alma, baixo tocado ferozmente com palheta, vozes em dueto, overdrive bem sujo nas guitarras. Essa é a Black O’Hannas, que veio de ‘Béozônti’ pra finalizar a nossa segunda noite de carnaval. Com letras em inglês e vocais rasgados, o quinteto cumpriu bem a responsabilidade de fechar a noitada.
Da dancinha incomum do vocalista em ‘transe-musical’ ao baterista que levou a caixa da bateria até a frente do palco em uma das músicas, tudo ali era muito espontâneo, como se eles tivesse tocando na garagem de casa, bem a vontade e sem se preocupar com que os outros vãos pensar da performance. “Eu não sei vocês, mas eu tô me divertindo pra caralho”, disse o baixista Paco. Isso é rock n’ roll: diversão, prazer.
Vale ressaltar que foi a primeira viagem da banda e, ainda por cima, vieram desfalcados de um guitarrista. No início do show eles se mostraram preocupados com a responsabilidade de encerrar a sequência de shows. Preocupação sem fundamento, os caras são bons no que fazem e sabem disso, tenho certeza.
Bom, não dá pra descrever exatamente o que rolou em mais essa noite de rock carnavalesco. Casa cheia, ótimas bandas, coletividade, povo interessado em trabalhos autorais e você aí, tendo que se contentar em somente ler o relato meu. Deixa de preguiça e se prepara porque amanhã tem mais! Sai da toca, é carnaval!