#CuradoriaSemFim: foi assim que o Coletivo Corrente Cultural intitulou o processo para seleção das bandas que farão parte da grade do Grito Rock 2011 em Poços de Caldas. Cinco curadores dedicaram-se para que este seja mais um ano de muita agitação em estilo “rock&roll” em pleno Carnaval!
Mas afinal, o que é curadoria?
Curadoria é um conselho responsável por analisar e selecionar determinados trabalhos ou projetos artísticos. Para o nosso procedimento enquanto curadores do Grito Rock 2011, Pedrinho, Lara Marx, Matheus Siqueira, PC Belchior e eu (Thaís) seguimos à risca a análise de cada critério, a partir da ideia de agregar o máximo possível de diversidade ao som do Grito Rock: o estilo musical condizendo com o festival; o objetivo que a banda busca com o trabalho que ela propõe ao público; o histórico e a experiência como profissional e a viabilidade em se apresentar no festival.
Cada curador teve como compromisso ouvir banda por banda e emitir seu parecer para que, em conjunto, conseguíssemos chegar a um resultado final – e digo-lhes que não foi nada fácil, mas valeu a pena o sacrifício.
É surpreendente como os grupos independentes têm mostrado autenticidade com trabalhos autorais de qualidade, tornando-se, assim, referências de uma evolução do cenário musical brasileiro.
Foram mais de 180 bandas inscritas pelo site do Toque no Brasil, para um total de 12 vagas a serem preenchidas (4 bandas nacionais, 4 regionais e 4 locais). O que vale a pena ressaltar é que não são apenas músicas a serem ouvidas para distribuir o seu “curtir” (como acontece no Facebook): são artistas movidos por sonhos, com vontade de passar ao público uma mensagem através do som. O resultado: várias madrugadas em claro, vários comentários inesquecíveis e uma experiência ímpar até a pré-seleção final de 20 bandas, com o apoio do Fora do Eixo Minas.
O acesso à tecnologia e o uso da plataforma online – como as mídias sociais – como parte do processo de seleção nos permitiu a eficiência para contactar as bandas e possibilitou ao Corrente trazer a Poços de Caldas sonoridades de diversas regiões do país.
Particularmente, o que mais me chamou a atenção – além de conhecer o trabalho de centenas de bandas – foi, sem dúvida alguma, estabelecer o vinculo direto com os músicos e perceber o interesse que eles compartilham em fazer parte da história do Grito Poços. É contagiante acompanhar a empolgação pelo trabalho ter chegado de maneira positiva entre tantas opções musicais.
Grito Rock 2011
O Coletivo Corrente Cultural traz o Grito Rock a Poços de Caldas nos quatro dias de Carnaval (05/03 a 08/03). O evento abrange 9 países e 130 cidades brasileiras, mostrando seu potencial a cada ano que passa!
É com satisfação e realização que fechamos a nossa #curadoriasemfim com um sentimento de trabalho cumprido e com ótimas bandas capacitadas selecionadas. O trabalho foi “hard”, mas com o acréscimo de uma grande experiência a todos nós!
E para a felicidade nossa e de todos envolvidos neste evento já temos os 12 selecionados para o nosso #GritoRock2011. A resposta? Você acompanha nos próximos posts, fique atento às nossas notícias também pelo perfil no Twitter @cccultural!
Agradecendo aos curadores que fizeram um belo trabalho, a todas as inscrições que tivemos – por sinal, muito boas -, ao TNB, ao FEM e ao CFE.
Pedrinho: “É a segunda vez que participo de uma curadoria do Corrente Cultural – a primeira foi no #VaiSuldeMinas!. É um trabalho que exige paciência, transparência, e acima de tudo, vontade de conhecer a produção autoral que rola no cenário independente do Brasil. Uma ótima chance de adquirir conhecimento sobre os conteúdos técnicos e ter uma boa noção do grau de profissionalismo no qual esta cena se encontra. A melhor parte é assistir excelentes shows dos selecionados e ter a certeza de que fizemos as melhores escolhas.”
Lara: “Não é apenas uma questão de seleção: é imersão, vivência. A cada acorde e em cada verso que acompanhamos estão, mais do que inscritas as bandas, escritas as várias histórias que compõem o Grito Rock. Participar da curadoria do Festival é agregar, compartilhar e sentir-se parte do processo de trazer para perto da comunidade o acesso ao som de qualidade e ao diálogo cultural que ecoa pelo Brasil.”