Cobertura #VSM – 2º Ato: Fotografia, Política e Cultura


Foto: Thaty Naila

Foto: Thaty Naila

WORKSHOP de FOTOGRAFIA

O Workshop de Fotografia aconteceu no SESC na tarde da última sexta-feira (10) pelo Festival #VaiSuldeMinas e foi ministrado por Léo Zaneti, graduando em Rádio & TV e fotógrafo autodidata experiente, que tem em seu currículo premiadas fotos artísticas em festivais universitários, coberturas de shows e produção fotográfica de bandas.

Conduzido de uma forma leve, o workshop contou com projeção de slides contendo exemplos de cada tópico que o oficineiro abordava, com uso de suas próprias fotos e de algumas de amigos. Viram-se exemplos de registros de imagens feitos por diversos equipamentos diferentes, dos mais básicos aos mais profissionais, das limitações de cada espaço e tecnologia, e uma breve explanação do uso da luz na fotografia.

Destaque para os slides com a temática “Enquadramento”, que contou com mostra de fotos originais e logo a seguir as mesmas fotos com linhas retas estrategicamente colocadas para se exemplificar a simetria.

Essa didática criou espanto nos participantes pela técnica aparentemente complexa – mas automática como dirigir um carro, garantiu Zaneti – do uso do enquadramento e posição de elementos para se conseguir uma simetria, tudo isso no exato momento do click. Talvez esse seja o momento em que caíram as fichas de que fotografia todos podem fazer, mas arte em foto ou fotos realmente boas, merecem respeito e estudo.

O workshop ainda girou em torno das perguntas dos participantes, que muito bem respondidas por Léo definiram dicas e padrões na hora de divulgar sua fotografia na web, da importância de uma assinatura gráfica nas fotos como maneira de autenticar sua obra, e da não banalização da fotografia com o uso controlado – e em alguns casos até sutil – de recursos digitais na modificação das fotos.

O oficineiro Léo Zaneti ainda prometeu para 2011 mais alguns Workshops de Fotografia, aprofundando em temas como luz e técnica.

Se quiser conhecer mais sobre o trabalho do fotógrafo, conheça seu website FotografeTambém que traz todo um conteúdo explicativo sobre fotografia.

DEBATE: Política & Cultura / PCult

Neste segundo dia de #VaiSuldeMinas tivemos também dois convidados especiais que nos acrescentaram vastos conhecimentos sobre história, política e cultura de Poços de Caldas, o ex-prefeito Paulo Tadeu Darcadia e o jornalista Roberto Tereziano, compondo o Debate: PCult, que aconteceu às 19h00 também no SESC Poços, parceiro imprescindível na realização do #VSM.

De acordo com os convidados, é notória a ação dos movimentos culturais ao longo da história da humanidade, sendo eles expressivos para a construção da sociedade organizada. Temos a literatura na época da abolição da escravatura, as músicas (MPB) no golpe de 64 (época de ditadura brasileira), a semana da arte moderna de 22 após a 1ª Guerra Mundial, o estilo da música Rock n’ Roll após a 2ª Guerra Mundial e assim por diante. O artista sempre norteia grandes movimentos da história, são em minoria em relação ao Poder Constituinte e estão presentes em todas as diferentes áreas da arte cultural de uma sociedade.

Segundo Paulo Tadeu, nós estamos vivendo um grande movimento transformador social, e tal movimento é hoje feito nas redes sociais da internet e não mais nas ruas, como tempos atrás. O PCult é exatamente isso, um movimento via internet dos Coletivos do Brasil.

O PCult – Partido da Cultura, não é uma organização política, mas sim uma mobilidade social com o intuito de inserir nas pautas de discussões dos partidos políticos a promoção de ações estratégicas da cultura na gestão pública de cada representante político, tais como as matérias legais em tramitação no Congresso Nacional e nas Assembléias Legislativas, dentre outros, ou seja, PCult “é uma mobilização suprapartidária, que tem o intuito de fortalecer a presença do setor cultural nos parlamentos e nos governos.” (parte extraída do texto PCult – Partido da Cultura, do blog do Coletivo Mundo)

É fundamental que se defenda um espaço de democracia e liberdade, e lutar contra toda e qualquer forma de opressão a essa luta. Já há espaço transparente para isso, que são as Leis de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Porém, segundo Roberto Tereziano e Paulo Tadeu, este modelo já está esgotado, sendo necessário criar um novo que abranja fomento, incentivo e cultura. A Lei de Incentivo a Cultura não a mantém e a cultura depende de continuidade para que haja espaço no Poder Público, então é preciso alterar o mecanismo da lei neste aspecto.

Os Coletivos de todo o País, assim como o Corrente Cultural, abrem este “despertar” cultural para que futuras gerações não deixem lacunas nesta luta; o começar é agora.

Roberto Tereziano citou uma passagem do inventor Thomas Edison, quando lhe perguntaram se suas 400 tentativas frustradas de invenção à eletricidade já não bastavam, e ele respondeu: “não, pois agora eu conheço 400 formas que não funcionam”. Pois bem, a luta continua.

Fique ligado aqui no site do Corrente Cultural! Em breve tudo sobre a mega oficina de quatro dias de “Audiovisual nas Novas Mídias” e fotos, vídeos e resenhas sobre os dois dias de shows do #VaiSuldeMinas: 13 espetáculos em 48 horas!

Clique Aqui para ver todas as fotos.