Uma dose de metal e um trago de serenidade na terceira edição em que Havanna participa do Grito Rock Poços de Caldas: mais do que versátil, a banda já grita sua identidade entre tons febris e verdade de arranjos. Meio marchinha, todo rock, a pulsação de Kaio Féra (vocal), Thiago Ferreira (guitarra), Renan Moreira (guitarra), Adriano Coxa (baixo) e Ramiro Diniz (bateria) fez ecoar a bateria em acordes de guitarras e a voz levantar-se em sentidos de baixo, celebrados entre sambas e luzes acesas.
Com as cartas na mesa, a dança pulsada por Havanna revelou toda a maturidade que o grupo conquistou desde que amplificou o trabalho autoral apresentado em importantes festivais poçoscaldenses, como o Radar Musical, o Viva Urca, o Rock Cidadão 2010 e o #Vaisuldeminas. Em 2008, a banda foi selecionada para o FunMusic – Festival Universitário de Música e Arte, de Ribeirão Preto-SP, e, em 2010, conquistou o 3º lugar do Festitel, Festival de Música do INATEL, em Santa Rita do Sapucaí-MG – dois exemplos da força que imprimem em cada nota.
É na última noite de Grito Rock que Havanna celebra os sentidos independentes e revela mais uma vez, nas competentes combinações, a que veio – o heroísmo do lado de lá, que se faz de cá e reflete em existência de quatro no palco: “Eu sou o meu herói”, de tons do que a banda traz de si e contamina o público, em música e sensações do que é e do que há de ser.
O abre-alas de hoje foi mais do que união entre tradição e experimentações: que venha o novo lançamento celebrar esse Grito!