De lá e de cá se achegaram à poesia e ao vento. As palavras tomaram forma no varal e as vozes multiplicaram os sentidos: foi assim que se deu a quarta edição do sarau Poesia na Praça neste domingo (27), dessa vez, celebrando a arte independente em consonância ao Festival #VaiSuldeMinas.
Nos tons de sotaques de norte a sul do país, poesias, bexigas e cata-ventos iniciaram uma tarde nublada e cheia de sorrisos. “Ah, isso aqui é uma exposição de tudo que há de belo”, foi o que ouvi de uma senhora que por ali passava e saboreava palavras. Os pequenos distribuíam aqui e ali, poesia em vento e cores. E a praça se encheu deles.
Em uma roda, daquelas abertas para se esticar de não ter fim, hip hop, devaneios, lirismos, contos, família e sensações abrigaram a palavra, a música e o sol que, enfim, apareceu – porque essa vida não há de se perder, pensou ele, que encontrou um caminho entre as nuvens e sentou na grama.
E quando por lá perguntaram: “queria uma dessas coisas lindas. Quanto é?” a resposta que se ouviu veio do vento: “a poesia é sua, basta saborear com carinho”.