Ainda em clima de rock and roll, o coletivo Corrente Cultural realizou a segunda reunião de 2010, no sábado, dia 20 de fevereiro. O lugar do encontro foi a escola Criativa Idade, cedida pela Tetê Nassif, uma das integrantes do coletivo, para a concretização desta e também outras trocas de ideias do coletivo.
Os primeiros temas de debate giraram em torno da repercussão do evento Grito Rock, que teve a organização e colaboração da maioria das pessoas presentes. Percebemos quão calorosa e positiva pode ser a recepção que a cidade de Poços de Caldas proporciona, tanto pelas belezas naturais, quanto por já ter uma estrutura turística; e a receptividade da própria população da cidade, como comerciantes e transeuntes, e do pessoal do Coletivo Corrente Cultural.
Os elogios se estenderam e concluímos que características como a qualidade das bandas, o clima fraterno entre o coletivo e as bandas de fora, a organização, o som, a divulgação – em tempo real -, a participação de todo mundo, a parceria com o New York Bar foram pontos extremamente satisfatórios e até as falhas que ocorreram durante o processo nos ensinaram muito.
Após esses elogios orgulhosos e as críticas construtivas, passamos às sugestões para o próximo evento. As primeiras observações foram sobre a manutenção desse clima que criamos e a ideia de buscar as mídias alternativas e independentes de Poços e da região para a democratização de conteúdo e divulgação da cena.
Como projetar as ações do coletivo em mais espaços, conservar o público conquistado e buscar o público interessado nesse novo projeto foram outras discussões importantes e fundamentais para o fortalecimento da cena.
A estrutura e os primeiros passos do coletivo
O Corrente Cultural bateu mais uma vez na tecla de fortalecer a cena local primeiro para depois conseguir estabelecer um vínculo mais forte com outros coletivos da região, como o Matula Sonora, o Massa Coletiva e o Coletivo 77, que entraram em contato conosco.
Quanto a Coluna Fora do Eixo, nesta reunião, definimos que a possibilidade de nos tornarmos um ponto fora do eixo será pauta para discussão apenas quando e cena local estiver fortalecida e o coletivo estruturado de forma satisfatória.
Para isso, estabelecemos um debate sobre os fundamentos ideológicos de um coletivo e como eles não podem se perder ao decorrer das ações e dos anos. Propomos um grupo de discussões para dar continuidade a esse tema e ainda centralizar de forma local a ideia da democratização da cultura.
Também fizemos uma lista de tarefas e alguns integrantes se colocaram a disposição para cumprir, como: a criação da planilha de custos; uma pesquisa sobre como estruturar a força de trabalho dentro do coletivo – que funciona, na sua essência, de forma horizontal, ou seja, todos possuem o mesmo poder de decisão desde que acompanhem as discussões – por meio de funções e núcleos; além da participação de todos os integrantes na elaboração do regimento interno, que já está em pauta há algum tempo.